Eis-me aqui digníssimos

Depois de longo e tenebroso inverno aqui estou. Estômago cheio de uma pratada de legumes com almôndegas já consigo raciocinar, o fato é que eu estava meio desorientada não só pela fome he he, mas também pela tempestade que me pegou na saída do curso. Se fosse só a chuva tudo bem, mas tempestade elétrica ninguém merece e eu tenho pavor de raios. Não acredito nem desacredito em vida após a morte pois não morri ainda, né? Mas se ela existe mesmo devo ter morrido queimada ou afogada pois também tenho pavor de água acima da cintura.Vai ver que eu estava no Titanic, quem sabe? ( Meu marido acaba de "bisbilhotar" e pergunta: onde isso vai parar?) Onde vai eu não sei, o que eu quero é jogar o post no ventilador.Pois bem, ao sair tentei pedir um táxi mas o coroa disse que demoraria uns 6 minutos, aguardei muito mais que isso e nada, então peguei um ônibus até o bairro próximo como faço todas as sextas, mas como a condução não é muito saudável para aquele horário, novamente tentei um táxi e nada... Três passaram e não quiseram parar. Será que estou com cara de Lili Carabina? Finalmente uma alma caridosa parou e consegui chegar em casa.
Hoje venci um desafio que é falar em público.Bem, na verdade, eu já falo todos os dias com os meus alunos, mas para um platéia de professores a coisa muda de figura, ainda mais quando você está sendo avaliado. Prefiro mil vezes escrever.Talvez por isso não tenha até hoje tentado o tão sonhado mestrado, mas já estou me animando.Correu tudo bem, consegui dar o meu recado e parece que o grupo gostou .Isto só vou saber no próximo encontro pois a professora pediu que em casa cada um de nós fizesse questionamentos sobre as apresentações de hoje.Será que vão lembrar de mim? Já na aula passada a professora pôs no quadro uma variedade de sugestões de atividades sobre diferentes linguagens para se fazer o trabalho com jovens e adultos e ela queria algo bem criativo para ser apresentado pouco tempo depois em trio. Sugeri música e as meninas concordaram, escolhemos num consenso Construção de Chico Buarque. Cantamos baixinho, mas só isso? Não tinha muita graça.Falei então: Vamos fazer um teatro? Minhas colegas ficaram temerosas e eu: Se é para pagar o mico, vamos pagar um mico completo e não pela metade, elas riram e lá fomos nós. Improvisamos com jornal um chapéu para o pedreiro, um avental para mim e um lenço de cabeça pois eu seria aquela dona de casa beeeeem sofrida. Minha colega era o pedreiro casado comigo, representou muito bem seu papel e a outra colega era o transeunte que reagia com indiferença quando via o corpo estendido no chão e também o cobria com jornais e eu era a esposa atenciosa que se despedia ingenuamente do marido sem saber o que lhe aconteceria adiante. No final improvisei um ar de desespero ao encontrá-lo e o abracei com tristeza. Não sei se gostaram, só sei que fez-se um silêncio no recinto me deixando cabreira.Os outros trabalhos ficaram ótimos e a professora em estado de êxtase total. Nunca fiz um curso de reciclagem tão doido assim.Está sendo de grande valia para nós e o grupão está bastante afinado.
PS. Acabou a "Saga da sogra" (rs rs) como disse a Paula.Terminou tudo bem. O exame deu...ne-ga-ti-vo. Louvado seja Deus! Agora respiramos melhor. Ela foi ao oncologista anteontem e não precisará de quimeo

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