Será que este blogue ainda existe?

Meus leitores queridos, se é que existe alguém aí. Acredito num ano novo feliz para todos nós, apesar de um começo triste por aqui. Há tempo ainda para desejar felicidades, pois estou só um pouquinho atrasada numa sexta-feira 13 de janeiro e eu não creio em superstições.
Escrevi um post em 17 de novembro, mas como todos podem ver, ele criou bolor e não chegou nem a ser publicado.

Os últimos meses de 2005 foram bastante trabalhosos e também estafantes para mim. Muita cobrança e pouco retorno. Já não agüentava mais ouvir falar em conceito, gráfico, estatística, sistema, conceito e etc. Engraçado é que a sala de aula não me causa chateação além, é claro, do suportável, o problema é sempre de ordem burocrática. Neste ano de 2006 procurarei não esquentar tanto a mufa, já que não vale mesmo a pena. Vou me adequar ao sistema embora não concorde com ele, pois assim é menos sofrido. Como diz uma colega distante: “Já que não se pode com eles, junte-se a eles”.

O começo deste ano foi marcado por dois falecimentos, um nascimento, uma amiga querida tentando se recuperar de uma cirurgia cheia de complicações e um tio no CTI há mais de 15 dias que hoje, felizmente, começou a apresentar melhoras. Fui também reprovada num concurso. Minha memória não anda lá muito boa, é a tal da PVC (a p* da velhice chegando). Se não lembro do almoço de ontem, vou lembrar de História da Língua Portuguesa aprendida em 1985 quando eu tinha apenas 19 aninhos? Prova longa, tempo curto, poucas horas de estudo, não podia mesmo ser diferente...


A gente vai levando
Mesmo com toda a fama, com toda a brahma
Com toda a cama, com toda a lama
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa chama
Mesmo com todo o emblema, todo o problema
Todo o sistema, todo Ipanema
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa gema
Mesmo com o nada feito, com a sala escura
Com um nó no peito, com a cara dura
Não tem mais jeito, a gente não tem cura
Mesmo com o todavia, com todo dia
Com todo ia, todo não ia
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa guia
Mesmo com todo rock, com todo pop
Com todo estoque, com todo Ibope
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando esse toque
Mesmo com toda sanha, toda façanha
Toda picanha, toda campanha
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa manha
Mesmo com toda estima, com toda esgrima
Com todo clima, com tudo em cima
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa rima
Mesmo com toda cédula, com toda célula
Com toda súmula, com toda sílaba
A gente vai levando, a gente vai tocando, a gente vai tomando
A gente vai dourando essa pílula

(Chico Buarque)
Ps. Não abandonei o blogue em definitivo, apenas tenho demorado nas atualizações. Também não os tenho acessado, meus Leitores Escassos, mas o farei, certamente. Estou com saudades.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Remexendo o baú